Rumos

segunda-feira, agosto 29, 2005

Sou

Sou a ferida deixada aberta
Aos vermes que a consomem
Com senso de rejeição à minha carne
Que é abandonada
Do amor rejeitada
Desta vida ignorada.
Universo que repudia meu cerne
Pois nele, não me crêem homem
Mas o ser que desconcerta
Nesta caminhada incerta
Todos de mim fogem
Por onde passo sou o profane
Da vida indesejada
Existência repudiada
Da morte aplaudida

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