Hai Kai
Ar tempo passa
Respiro e te celebro
Viva lembrança
A tu queria
Muito próximo, anexo
Toque dado, contíguo
Do teu lado
Naquele momento sonhei
Abracei
Acanhado
Alivio
Reflexo
Sorria
Teu toque desejei
Sem tristeza, aliviado
Recordo o contínuo
Deste relacionamento complexo
Que só poderia
Entender quem o queria
Um afeto doado dado
Que a ti dediquei
Em um momento extasiado
De um sonho interconexo
O que és, é eterno
Não o como estas
Mas o permanente
Nunca o transitório
Por que choras ?
Se a pouco sorriste
Quando olhar terno
Deste-me em alívio
A mim, então desejavas
Antes que este transtorno
Que assola nossa mente
E de nós rouba o convívio
Não sei com que sonhas
Desde que me deixaste
Para viver este estorno
Do pesadelo presente
Saibas
Quero o teu ser terno
Não fortuito promontório
Que em breve se fará ausente
Sou vento, brisa
Que passa leve
Sem ser notado
Apenas existo
Breve assopro
Quem precisa?
A que serve?
Este desatado
Encanto,
Em trapo?
Não ameniza
Nem breve
O ser ferido
Em desencanto
Sem escopo
Em sua casa
Choro, ouve
Estendido
Desfeito
Escapo
Mão que estendo
Não é vista
Não pode
Ignorada
Chorando espera
Continuo não vendo
Por mais que insista
A força que a acode
Ao léu, abandonada
Continua em espera
Mão que correndo
Não é quista
Amiúde
Largada
Espera
Mas continua pensando
Não se dista
Na verdade
Espera
Aqui continua sonhando
Não pode, não afasta
Continua no aguarde
Daquela desejada
Vitória que espera
Não ouso dizer que sofro,
Tua dor, não compara a minha
Nada fere mais daquilo que nos afeta
Mas de teu sofrimento não passo incólume
Não posso ao teu encontro
Ir, ou a ti alcançar, só caminha
Escolha que fez, esta que me afasta
É um teu direito, que muito me consome
Quando todos dias, olhos abro
Não mais encontro tua companhia
Minha vida, tornou-se sobrevivência funesta
Doloroso esta sendo o desencontro
Mas quando mente repousa, contigo sonha
Posso então dar-te a vida, que tanto tem fome
Conhecer é unir, em ato
Um desejo, relação intima
Tal qual instante se permite
A vivência de uma convivência
Conviver devemos, cada minuto
Alçar em vôo por tua estima
Memória presente persiste
Transpiro a tu existência
Quero-te para viver a momento
Em coexistência que aproxima
Desejando-te por todo instante
Pois brava em tua competência
E de ti que o futuro não desiste
Vitória sob dor, vida te premiara
Preciso deixar uma lágrima
Depositada, não derramada
Lágrima de desejo ardoroso
Derramada pela depositada
Depositada que sem drama
Precisa se manter afastada
Derramada como um ocaso
Lágrima que deve ser deixada
Deixado pela depositada
Posso fingir não fazer caso
Largado aqui, pela desejada
Desejada, todo dia é lembrada
Pensada, lembrança depositada
Lágrima minha, deposito desejoso
Sentado
Pensando
Imaginando
Querendo
Desejando
Afastado
Chorando
Trocando
Sentando absorto
Pensando em ti
Imaginando como estas
Querendo proximidade
Desejando teus lábios
Afastado pela dor
Trocando pranto por pranto
Sentado pensando
Imaginando querendo
Desejando afastado
Chorando, trocando
Absorto em ti
Como estas, proximidade
Teus lábios pela dor
Pranto por pranto
Caio, precipito, algo assim
Desta dor silenciosa
Que minh’alma
Consome impiedosamente
Vida que não mais é preciosa
Inquieta, procura de seu fim
Necessito acabar veementemente
Comigo, abandonado nesta cama
Não existe saída honrosa
Deste sentimento inebriante
Que a essência vem e toma
Seres batalham dentro de mim
Exigindo-me como um carma
Entrego sanidade, em presente