Rumos

segunda-feira, agosto 29, 2005

Sou

Sou a ferida deixada aberta
Aos vermes que a consomem
Com senso de rejeição à minha carne
Que é abandonada
Do amor rejeitada
Desta vida ignorada.
Universo que repudia meu cerne
Pois nele, não me crêem homem
Mas o ser que desconcerta
Nesta caminhada incerta
Todos de mim fogem
Por onde passo sou o profane
Da vida indesejada
Existência repudiada
Da morte aplaudida

terça-feira, agosto 09, 2005

Adeus

Não posso dar-te adeus
Assumir distância que é fato
Desta realidade consumida
No momento que fui rejeitado

Fingir que nada aconteceu
Como não houvera contato
Tão pouco a mão dada
Ou o beijo que foi trocado

Não sei se perdeu
Todo o encanto
Do ser desejado

Ou o peso do fardo
Fez-te assustada
Por ser amada